O maior fórum digital de lideranças na saúde, a Fisweek, trouxe como uma das pautas mais importantes do ano de 2022, as possibilidades que o metaverso traz para a medicina.

O termo do momento significa uma realidade virtual imersiva, normalmente acessada por óculos especiais. É algo similar ao The Sims. O jogo que fez muito sucesso no início dos anos 2000 onde era possível criar um personagem e viver uma vida paralela.

Voltando para a área da saúde, no Brasil, já existem profissionais usando o metaverso para discutir casos de pacientes e, além disso, planejar cirurgias personalizadas.

Protagonismo brasileiro

O Biodesign é um dos atributos da entrada brasileira no metaverso médico. Ele é resultante da parceria entre a Dasa e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Em síntese, os profissionais criam versões virtuais de partes do corpo em alta definição. Da mesma forma, elas podem ser usadas para apresentar um caso complexo a um colega remotamente. 

No entanto, também projetam órgãos no mundo real com a realidade aumentada, acima da pele do paciente, para ver o interior do corpo em detalhes.

O futuro é logo ali!

Se espera que cerca de 30% da população mundial tenha uma experiência no metaverso até 2026. Eis as portas que poderão ser abertas para a área da saúde neste novo mundo: 

  • Operações: o planejamento já é realizado em alguns locais com o apoio da realidade virtual. Em princípio, pode acelerar a recuperação e baixar o risco de complicações;  
  • Consultas virtuais: ao invés da videoconferência tradicional por telemedicina, o médico visite o paciente em casa (e vice-versa) através de seu avatar; 
  • Reuniões imersivas: profissionais de diversas partes do mundo e disciplinas podem discutir juntos remotamente a melhor abordagem tendo como base um modelo virtual do próprio paciente; 
  • Faculdades: o treinamento para cirurgias e o estudo da anatomia e da fisiologia humana (e de outros animais) têm a ganhar com o metaverso aplicado na educação universitária;
  • Simulações: se antecipar, saber como agir diante de catástrofes. Dessa forma, ficará mais fácil com a construção de cenários hipotéticos. É uma maneira de proporcionar uma amostra do que acontece — e simular respostas; 
  • Gamificação: atividades físicas podem tornar-se mais prazerosas, com experiências imersivas inspiradas nos games e monitoramento de dados de performance;  
  • Humanização: imagine uma criança fazendo quimioterapia, mas, em vez de olhar para uma sala de hospital, ela está rodeada de um ambiente agradável e lúdico. 

Ademais, as aplicações da nova realidade virtual na medicina ainda estão em fase inicial, mas já são extremamente promissoras.