Nos últimos meses, dois fatores surgiram para tornar mais promissora a oportunidade de se investir em healthtechs: a queda dos juros e a antecipação no processo de digitalização no mercado de atendimento ao paciente com covid-19. 

Até mesmo a telemedicina, antes proibida no Brasil, recebeu sinal verde do Ministério da Saúde e exibe sua eficiência. Por isso, healthtechs, como a Dr. Ao Vivo – pertencente ao portfólio da Saúde Ventures -, tiveram crescimento mais do que o esperado devido ao atual cenário na saúde mundial.

Entendendo o cenário mercantil gerado pelas healthtechs

Poucos mercados na Terra representam um potencial de consumo de US$ 3,5 trilhões, como a área da saúde. Afinal, as soluções que as healthtechs geram são viáveis em qualquer lugar do mundo.  No Brasil, por exemplo, 9% do PIB é destinado, por ano, em saúde – R$ 500 bilhões de recursos privados e públicos. Mercado de consumo garantido.

O investimento se tornou necessário no mercado brasileiro. Assim, as soluções com modelos de negócios inovadores para à população estão chamando a atenção de investidores, como:

  • healthtechs que criam algoritmos inteligentes;
  • inteligência artificial;
  • leitura de imagens com analytics em exames;
  • processos de eficiência em gestão;
  • novas formas de atendimento aos idosos. 

Sobretudo, de hospitais 4.0, passando por clínicas, médicos e consultórios, o setor de saúde está, como nunca antes, em desenvolvimento acelerado de aliança necessária com a tecnologia. 

Cenário de investimentos em healthtechs pelo mundo

O Brasil não deixa a desejar em inovação na saúde, com centenas de startups em desenvolvimento. Mapeamentos e relatórios de alta credibilidade, como a realizada pela Distrito Health, no Hospital das Clínicas de São Paulo, com a Jonhson&Johnson, além de outros parceiros. 

Ademais, outros projetos de inovação fantásticos, como o do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, ou a Fundação Hospitalar São Francisco de Assis, em Minas Gerais, revelam que a inovação veio para ficar neste setor. E seu motor se chama startups de saúde. 

Por isso, o investimento tradicional e o feito em healthtechs segue a mesma lógica. Ao mesmo tempo que o processo de aplicação de dinheiro em vários ativos com expectativa de obter retorno de capital superior à média do mercado ajuda a empresa a crescer, ele também aumenta seu valor ou é investida por um outro player do mercado. Dessa forma, suas ações terão lucro. 

Conforme o caso das startups de saúde, o plano de receberem investimentos de M&A (fusões e aquisições) de grandes redes de saúde ou grandes empresas de tecnologia as torna portadoras do potencial de retorno ao investidor. 

Veja alguns exemplos:

  • A Alfhabet, holding do Google, comprou a SENOSIS, uma desenvolvedora de soluções de monitoramento de saúde baseadas em smartphones. 
  • Amazon, com a Alexa e um plano de saúde em validação com seus funcionários, em sociedade com o Banco JP Morgan e o investidor Warren Buffet do fundo Berkshire. 
  • Amazon e a compra da Pill Pack, startup que customiza a entrega de medicamentos, pelo valor de US$ 1 bilhão.
  • A Apple entendeu que os dispositivos vestíveis nos permitirão ter uma clínica personalizada por nossos smartphones e já entrou neste jogo. A divisão de saúde da Apple já possui dezenas de startups, como a Glimpse, voltada para registros médicos.
  • A Best Buy desembolsou US$ 800 milhões na compra da Great Call, dona de serviços de saúde conectados ao atendimento pessoal de emergência da população idosa.
  • O Banco JP Morgan comprou a InstaMed, empresa de pagamentos de saúde.
  • Por fim, a rede de farmácias CVS, nos EUA, com uma fusão de US$ 70 bilhões com a segunda operadora de saúde AETNA, já tendo ambos muitas startups de saúde em seu portfólio. 

Investimentos no Brasil 

Sendo assim, no Brasil, esse potencial segue o mesmo caminho. Planos de saúde, redes de hospitais e investimentos do Hospital Albert Einstein na Psicologia Via, da Rede FCJ, buscam tornar internacional startups brasileiras.

Em resumo, não são todos os setores, e, às vezes, nem todas as empresas tradicionais, que seguem essa lógica. Portanto, se você tem interesse em correr riscos, ou variar seu portfólio de investimentos, deixando uma parte aplicada em startups, a hora é agora!